Recebi a seguinte pergunta no meu Instagram:
“Como contar uma experiência de desistência de forma positiva no PS”
Vamos começar pelo começo, a desistência envolve abandonar algo que você se comprometeu.
Intrinsicamente, isso terá algo ruim para você no processo, mas, sob a luz correta, você poderá acabar ganhando mais pontos do que perdendo, se souber como abordar.
Você pode ter dois tipos de motivos para ter desistido de algo:
1. Um motivo nobre e justo
2. Um motivo banal e tosco
Além disso, o como foi feita sua desistência irá pesar.
Tem jogo e o que fazer em todos os casos. Borá lá!
1. O motivo foi nobre e justo
Você pode ter desistido por boas razões. Essa é uma das mais fáceis de explicar. Talvez a informação que você recebeu antes de se juntar ao projeto era falsa, ou se tornou falsa depois de algumas mudanças, e isso te levou a pular do barco mais cedo.
Você acredita em algo ou busca algum resultado, e quando viu que aquele local não fazia mais sentido para você, simplesmente optou por outro caminho. Isso é foco nos seus objetivos, mostre esse lado.
2. O motivo foi banal e tosco
Aqui, o buraco é mais embaixo. Você pode ter saído porque não aguentou o tranco, ou por um motivo que, hoje, reconhece como uma imaturidade.
Errou, né? Quando você erra só resta um caminho: 0 aprendizado.
Todos fazemos cagadas e aprender com esses erros não é pouca coisa. Os melhores professores são nossos tropeços, e você pode ter um mestre nessa sua falha.
Traga o que aprendeu com essa falha e mostre que não incorrerá mais no erro, se suas palavras forem verdadeiras e seu aprendizado profundo, terá até provas de que amadureceu com a experiência.
Isso pode ser puro ouro.
Independente do motivo, você pode ter saído do jeito errado.
Muita gente quando desiste de algo, joga tudo para cima, sai mostrando o dedo do meio, queima forte seu próprio filme e mostra uma grande imaturidade. Isso obviamente pode te prejudicar, mas, se aconteceu dessa forma, ainda resta uma salvação: mais aprendizado.
Esse é o grande segredo quando você pisa na bola, aprender.

Se você cresceu com o erro, mostre como. Se ainda não cresceu, ainda dá tempo, reflita sobre o erro, coloque os pingos nos i’s e desculpe-se com quem deixou na mão. Foi assim que eu usei toda minha história de fracasso para sair na frente nos processos seletivos.
Muita gente me faz perguntas assim, esperando que eu tenha um remédio para um problema que elas ainda não resolveram.
Se você desistiu e foi por um erro, ou saiu do jeito errado, e não aprendeu NADA com isso e nem quer aprender, não tem o que eu possa fazer.
Você, infelizmente, faz parte da média, e a média é horrível.
É isso que as empresas querem.
Quando falam de quem tem vontade de aprender, não é só fazer cursos, mas aprender com as porradas que a vida te dá.
Quem não faz isso, vira estatística.